Considerações sobre o "Grande Plano"
e o calendário sideral
(do livro "O Sublime
Peregrino", de Ramatis/Hercílio Maes)
PERGUNTA: Que se pode compreender por um
"Grande Plano" de aperfeiçoamento dos orbes e das humanidades, que referiste a
pouco?
RAMATIS : - Em outra obra de nossa autoria já
descrevemos com certas minúcias o objeto de vossa pergunta, mas vos daremos outra vez uma
breve síntese do mesmo assunto. O Grande Plano, ou "Manvantara" da escolástica
oriental, que os hindus também classificam de uma "pulsação" ou
"respiração" completa de Brahma, ou de DEUS,é considerado o "tempo
exato" em que o Espírito Divino "desce" até formar a matéria e depois a
dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior. Um Grande Plano abrange a
gênese e o desaparecimento do Universo exterior e compreende 4.320.000.000 de anos do
calendário terreno, dividido em duas fases de 2.160.000.000 anos, assim denominados: o
"Dia de Brahma", quando Deus expira ou se processa a descida angélica até
atingir a fase derradeira da matéria ou "energia condensada"; a "Noite de
Brahma", quando Deus então aspira ou dissolve o Cosmo exterior constituído pelas
formas. Assim, cada fase chamada o "Dia de Brahma" e a "Noite de
Brahma" perfaz o tempo de 2.160.000.000 anos terrestres, somando ambas o total de
4.320.000.000 anos, em cujo tempo DEUS completa uma "Pulsação" ou
"Respiração", subentendidas pela mentalidade ocidental oculta como um Grande
Plano na Criação Eterna.
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O Universo é a sucessão consecutiva de "Manvantaras" ou "Grandes
Planos", a se substituírem uns aos outros, nos quais formam-se também consciências
individuais, que nascidas absolutamente ignorantes e lançadas na corrente evolutiva das
cadeias planetárias, elas despertam, crescem, expandem-se, absorvem o 'bem" e o
"mal" relativos às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu
próprio destino, atingem o grau de angelitude. Deste modo os espíritos angélicos, como
consciências participantes do Grande Plano, passam então a orientar e "guiar"
aqueles seus irmãos, almas "infantis" que vão surgir no próximo Grande Palno
ou "Manvantara" vindouro. Esta é a Lei Eterna e Justa; os "maiores"
ensinam os "menores" a conquistarem também sua pópria Ventura Imortal.
A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites
do tempo e do espaço para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada
vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar
outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral.


"O SUBLIME
PEREGRINO" -EDITORA DO CONHECIMENTO - 1999
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